domingo, 13 de julho de 2008

Dentro do átomo...

... bom, não foi propriamente num átomo que eu entrei ontem, mas sim no Atomium, um dos símbolos mais conhecidos de Bruxelas.
Deu-me agora para aproveitar os fins-de-semana para conhecer melhor a cidade, como se fosse um turista, de mapa na mão e tudo, só que com residência fixa. E decidi começar precisamente pelo Atomium, uma estrutura de 102 metros de altura, concebida pelo arquitecto André Waterkeyn para a Exposição Universal de Bruxelas em 1958. O Atomium representa um átomo de ferro ampliado 165 000 milhões de vezes e é composto por nove esferas de aço com 18 metros de diâmetro, ligadas entre si por tubos, dando a ideia de um cubo. Se ficaram mais ou menos na mesma com esta descrição, pois nada como olhar para o canto superior direito para ficarem a saber do que estou a falar. O Atomium situa-se na zona de Heysel, próximo do Palácio de Laeken (onde vive o rei... olhem lá se ele quis morar em Bruxelas), que foi requalificada para receber a exposição de 1935 e que, 23 anos, depois voltou a receber uma exposição de nível internacional, desta feita com mais 50 hectares à disposição de 40 milhões de visitantes, o dobro da anterior mostra. Esta da requalificação faz-me lembrar a Expo, que abriu faz agora dez anos, e que também implicou requalificações e renovações e reabilitações e outros termos modernos que os nossos políticos adoram. O certo é que o dito Atomium era para ir abaixo com o resto da exposição mas, tal como o nosso Padrão dos Descobrimentos anos antes, conseguiu sobreviver e tornou-se num dos maiores ícones de Bruxelas.
Digo-vos eu que vale a pena ver: aqueles tubos que vêm na fotografia têm escadas rolantes, de modo que se anda a passear pelas bolas. Ainda por cima, por ocasião dos 50 anos da exposição, está patente uma exposição alusiva à dita, com cartazes da época, vídeos e fotografias que mostram como a exposição foi planeada e como decorreu. Exposição esta tão bem conseguida que não falta um enquadramento que me permitiu conhecer um pouco melhor a história da Bélgica.
No meio da estrutura, há um elevador que permite subir ao topo à velocidade de 5 metros por segundo, o que era uma coisa para lá de acelerada na época. Hoje já não surpreende ninguém, o que surpreende e muito é a magnífica vista que se tem do topo sobre a área circundante:





De 1958 até hoje muita coisa mudou em Heysel e o Atomium não ficou sozinho. Em seu torno surgiram o centro de congressos EXPO (à esquerda), um estádio de futebol (inevitável), o Kinepolis (um gigantesco complexo com mais de vinte salas de cinema, que podem ver na fotografia do centro, é uma coisa branca) e o Bruparck (à direita). Esta parque integra uma vilazinha a imitar Bruxelas, com restaurantes e carrosséis, a Mini-Europa, que apresenta miniaturas dos principais monumentos europeus, e o Océade, que é um recinto de escorregas aquáticos. Dizem na publicidade que à temperatura permanente de 28 graus...
Por acaso, logo neste dia em que decidi visitar o Atomium, algo de extraordinário se passava. Como podem ver na imagem abaixo, a coisa é alta. Alta. Tem 102 metros de altura. 102 metros. Então não é que deu a uns malucos para se atirarem lá de cima, presos por dois cabos e aterrarem mesmo em frente do Atomium? Pois isto é que é coragem e isto deve ser adrenalina, quase me deu vontade de fazer a mesma coisa! Estão a ver um pontinho preto no meio das nuvens na fotografia da direita? É precisamente um dos saltadores, não consegui fotografar mais de perto, mas aqui fica o registo.





De volta a Bruxelas, decidi que também estava a precisar de alguma acção, mas contento-me com a do grande ecrã. Por isso, fui ver o quarto Indiana Jones, um filme cheio de aventura à boa maneira dos capítulos anteriores. O final é um tanto quanto dispensável, mas prefiro não comentar para não estragar a surpresa de quem ainda não viu. Vão ver, que eu recomendo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Imagina só, careca de ir a Bruxelas e nunca fui ver o átomo . Da próxima vez não posso perder. ah ah ah!adorava ver o meu filho atirar-se não sei de que altura agarado a uma corda! Não gostaria de estar à tua espera na aterragem, não haveria perfume do Boticário que me valesse. Beijos M