domingo, 31 de julho de 2011



… here we go again!
Este fim de semana estive em Oostende, aonde fui ver o Mamma Mia. Adorei! Como se a fabulosa herança musical dos Abba não fosse suficiente, juntaram-lhe uma história de rir à gargalhada e um elenco arrasador. Faz em Setembro sete anos que vi o Mamma Mia pela primeira vez na Broadway e recordo-me como se fosse hoje. Sete anos e um filme depois, delirei novamente.
Calhou o Mamma Mia vir em digressão ao casino de Oostende, que é uma pequena cidade na costa norte da Bélgica, estilo província mas com praia. Ora se uma pessoa vai ao espectáculo na sala do casino, vai também ao casino propriamente dito, não vos parece? Se formos ao teatro no Casino Estoril, damos uma vista de olhos pelo resto, não é verdade? 
Ora entro eu a pensar que será como no Estoril que eu adoro, tudo brilho e música e empregadas de calções, e começam a acontecer coisas nunca vistas. Nem mesmo em três anos de Bélgica.
À entrada, obrigam-me a mostrar o bilhete de identidade. Mas eu tenho ar de menor? Ok, mostro. Mas isto não basta. Digitalizam-no. Fazem-me esperar. Já só vejo a menina a teclar. Finalmente sai da impressora um impresso (há lá melhor?) com o meu estimado BI digitalizado e uma extensa declaração nos seguintes termos: Fulano tal declara … que:
- não é notário
- não pertence à polícia
- não é magistrado.
E mais uma série de coisas que não podia ser. Um quarto de hora depois, dão-me uma espécie de cartão de fidelidade com uma amostra digitalizada do meu BI e finalmente entro no casino.
Dei por mim a pensar que se tivessem a clientela do Casino Estoril nem amanhã lhe davam vazão. E por que é um polícia ou um notário não podem entrar? Ah, já me esquecia, estou na Bélgica…

terça-feira, 19 de julho de 2011

Bosta de vaca





Eis o dilema que se apresentou à nova empregada, na sua quarta jornada de trabalho: a casa de banho cheira mal, muito mal. Cheira a suor. Parece que alguém lá esteve a transpirar e abandonou o rasto de fedor atrás de si. Mas está limpa. Vê-se que está limpa. Só não cheira a limpa.
Das duas, uma: ou não foi efectivamente limpa e disfarça bem ou foi limpa com detergentes errados. O que já de si é improvável, visto que, sejam errados ou correctos, os detergentes têm uma tendência natural para cheirar bem.
Primeira tentativa de esclarecimento: limpou a casa de banho? Sim. Com que detergentes? Os que lá estão. Mostre-me lá se faz favor…. Nunca fiando. Ok, não foi por aqui.
Segunda tentativa: então hoje vai usar aquele detergente, por acaso aquele mesmo que tem usado. Ela assim fez, mas foi pior a emenda do que o soneto. Agora não cheira mal, agora fede, como ela diz.
Terceira tentativa, hoje: Lava com aquele detergente? Sim. (Claro, como das outras vezes, por que haveria de lavar com outro?). E não usou lixívia? Quê? Usei o quê? Javel. Ah sim, javel, não por acaso não usei. Também quando uso é pouco. E de qualquer forma não deixaria mau cheiro. Mas fechei a porta. Ah sim? Pois, que eu gosto muito do cheiro a lavado. Eu também. Assim quando abre a porta sente o cheiro a limpo. Pois, mas eu senti foi o cheiro a sujo. Então hoje vou deixar a porta aberta…
Uma hora depois… Tou, já descobri de onde vem o cheiro. Não vai acreditar! Ah sim, então de onde é? Do pano dos vidros? Do pano dos vidros?! Sim, é uma catinga! A sério? Fede que não se pode. Mas o pano está sujo? Não, mas fede, parece bosta de vaca…