terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E ainda

Esqueci-me de acrescentar que:
- o arroz da foto não é meu, o meu estava mais castanho, mas já marchou todo, acabei hoje o que fiz para mim, por isso muito mal não podia estar;
- hoje fiz umas bifanas óptimas com manjericão fresco (não do seco do frasco, que tem menos sabor) e alho (este foi do seco porque não tive tempo de descascar alhos a sério); não dão trabalho nenhum extra, é só temperarem com antecedência e depois juntarem flor de sal, que agora uso em montes de cozinhados
Hoje cheguei a casa de rastos depois de uma conferência que durou toda a tarde e de ter andado 6 quilómetros para chegar ao centro de conferências e voltar para casa. Sem comentários... é melhor porque senão o conteúdo do blogue vai-se tornar desapropriado para crianças... Voltando ao que interessa, só me apetecia qualquer coisa saborosa para jantar e não me apetecia fazer as bifanas, que afinal nem deram trabalho nenhum. Foi então que reparei que providencialmente tinha deixado o pasticcio do outro dia a descongelar e a minha alma renasceu aqui mesmo. Fiquei inacreditavelmente feliz por saber cozinhar e gostar de cozinhar.
- depois do Egipto, a revolução está a chegar à Bélgica. Hoje os transportes fizeram greve e amanhã eu vou tomar o poder e decretar a ilegalidade imediata de obras na rua antes das nove da manhã. E isto é só o começo...

Obras

O que é que faz uma cabra de uma máquina-de-furar-ruas-que-não-me-lembro-como-se-chama debaixo da minha janela às sete da manhã? Hummm? Desde ontem e até Sexta! Não acham que os moradores precisam de descanso? E que as obras só se devem fazer a partir das 9h, que é o horário normal de trabalho?



Ainda por cima, hoje houvre greve geral dos transpoirtes. E aqui não é como em Portugal, aqui não se brinca com a greve. Quando é, é a sério. Pára tudo ao mesmo tempo: não há metro, não há eléctricos e não há autocarros. Não há serviços mínimos, nem cartazes infornmativos. Nem pré-aviso. Hoje decidiram que havia greve e já nada andou. Ou por outra, andámos nós a pé e foi se quisemos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Arroz doce e salgado

Aqui vai uma sugestão para as vossas refeições. Não custa nada e é uma maravilha.
Estava a fazer arroz, ao mesmo tempo que fazia arroz doce, e lembrei-me de lhe juntar uma pitada (grande) de manjericão e outra (menor) de colorau, mais a flor de sal que se tornou habitual. Logo que colocarem a água, juntem estes ingredientes. Fica óptimo.
Ao mesmo tempo, fiz arroz doce para uma prova de vinhos a que fui ontem, mas o rabo do tacho acabou escaldado. O arroz ficou bom, com um ligeiro travo a canela e outro a queimado. E mesmo alguns bocadinhos de fundo-de-tacho queimado espalhados pelo meio. Apesar de ter juntado quatro ovos no final, como faz a minha tia, não ficou amarelo como o dela, ficou mais castanho claro. Ainda estive para ir ao supermercado comprar outra coisa, mas depois achei que, assim como assim, chegada a altura dos doces, o pessoal já estaria todo alegre e já ninguém daria pelo esturro. Acho que não deram. A bem dizer, aquilo até se podia confundir com pedacinhos de canela. Diz-me assim o F.:
- Isto tem canela, não tem?
- Tem pois, muita canela, por cima e por dentro!
- Por dentro também?
- Claro, em todo o lado!
Acho que não deram por isso. Na realidade não estava nada mau. Eu comi e repeti. E o pyrex que fiz para mim já vai a meio...




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mensagem número 101

Hoje A Força do Destino está em comemorações. Ultrapassámos as cem mensagens. Cem!!! Parece que foi ontem, não é? O tempo passa a correr e a partir dos trinta parece que já não temos mão nele. Na realidade nunca temos, mas esforçamo-nos para ter.
Porque o prometido é devido, aqui fica a receita da massa da fotografia. É muito simples, faz-se rapidamente e fica delicioso. Eu fiz para aproveitar quatro ovos que iam apodrecer e acabei por gastar meio pacote de massa e um pacote de espinafres. Poupado nos farelos e gastador nas farinhas, como diz a minha Avó. Mas, enfim, tudo vale a pena quando a alma não é pequena e o apetite também não.
Podem fazer com fusilli, macarrão, cotovelos e outras massas afins. Só com esparguete é que não deve dar jeito. Também podem trocar os espinafres por outro legume qualquer, mas os espinafres não dão trabalho nenhum, compram um pacote dos congelados e nem precisar de cozer, enfiam na frigideira e já está.
Do que realmente precisam é de uma boa frigideira, isso sim é um investimento que vale a pena. Na minha cozinha, há um antes e um depois da frigideira do L. Aliás, há um antes e um depois de ter percebido que quem gosta de cozinhar, como eu, só pode cozinhar bem com os apetrechos adequados. Foi por isso que os tachos dos 2 euros comprados na barateira do centro comercial já foram à viola e entraram os fantásticos substitutos que a minha Avó lá tinha e que nunca me recordo de ela usar. Usava quase sempre tachos de barro, que faziam um óptimo arroz. A frigideira é daquelas tipo wok, mas mais pequena. Não queima, não deixa secar e – vejam só - até tem uma tampa.

Assim sendo, uma vez na posse dos instrumentos de trabalho, deixem ferver os espinafres picados e depois salteiem com um pouco de azeite e flor de sal. Depois coloquem a massa, que deve estar “al dente” e não espapaçada como é meu hábito, pois vai ser cozinhada duas vezes. Misturem bem. Em seguida, juntem quatro ovos mexidos, deixem cozinhar só o suficiente para não ficarem crus. Antes de terminar, salpiquem com queijo ralado, de preferência daquele para as massas, que é o que derrete melhor. Não é preciso serem entendidos em queijos, só é preciso comprarem aquele que diz “massa” na embalagem – não o de dieta nem o mais barato.
Para abrir o apetite, deixo aqui uma fotografia de outros manjares que cozinhei recentemente.




Pasticcio




Beringelas com mozarella e tomate

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A crise passou por aqui?

Se passou não deixou consequências para quem a alimentou. Os maiores bancos americanos anunciam lucros chorudos e distribuem bónus de milhões. Pelo caminho ficou um chorrilho de problemas e famílias que não sabem para onde se virar. Segundo a revista “Time,” o JP Morgan pagou quase tanto para resolver problemas legais ligados ao credito à habitação como ganhou em lucros. Vale a pena ler…


E como quero que se animem, aqui vai uma fantástica versão de “I Know Him So Well,” cantada a meias pela Elaine Paige e pela Susan Boyle, que nesta altura ainda não tinha acertado no cabeleireiro.