terça-feira, 19 de julho de 2011

Bosta de vaca





Eis o dilema que se apresentou à nova empregada, na sua quarta jornada de trabalho: a casa de banho cheira mal, muito mal. Cheira a suor. Parece que alguém lá esteve a transpirar e abandonou o rasto de fedor atrás de si. Mas está limpa. Vê-se que está limpa. Só não cheira a limpa.
Das duas, uma: ou não foi efectivamente limpa e disfarça bem ou foi limpa com detergentes errados. O que já de si é improvável, visto que, sejam errados ou correctos, os detergentes têm uma tendência natural para cheirar bem.
Primeira tentativa de esclarecimento: limpou a casa de banho? Sim. Com que detergentes? Os que lá estão. Mostre-me lá se faz favor…. Nunca fiando. Ok, não foi por aqui.
Segunda tentativa: então hoje vai usar aquele detergente, por acaso aquele mesmo que tem usado. Ela assim fez, mas foi pior a emenda do que o soneto. Agora não cheira mal, agora fede, como ela diz.
Terceira tentativa, hoje: Lava com aquele detergente? Sim. (Claro, como das outras vezes, por que haveria de lavar com outro?). E não usou lixívia? Quê? Usei o quê? Javel. Ah sim, javel, não por acaso não usei. Também quando uso é pouco. E de qualquer forma não deixaria mau cheiro. Mas fechei a porta. Ah sim? Pois, que eu gosto muito do cheiro a lavado. Eu também. Assim quando abre a porta sente o cheiro a limpo. Pois, mas eu senti foi o cheiro a sujo. Então hoje vou deixar a porta aberta…
Uma hora depois… Tou, já descobri de onde vem o cheiro. Não vai acreditar! Ah sim, então de onde é? Do pano dos vidros? Do pano dos vidros?! Sim, é uma catinga! A sério? Fede que não se pode. Mas o pano está sujo? Não, mas fede, parece bosta de vaca…

1 comentário:

Margarida disse...

Este post é, no mínimo, hilariante!!! :)

Bjs