sábado, 7 de junho de 2008

Bruxelles... by night

Pois que venho de ler os comentários e agora sou eu que fico sem perceber: não era da Margarida o comentário à minha mensagem Back for good? Porque as iniciais pareciam-me dela. Mas o comentário de ontem parece da minha Mãe... já não entendo nada, ó meus amigos, vamos lá a assinar os comentários que senão esta minha pobre cabeça, que já de si não dá para muito, entra em estado de baralhação total!
Hoje completo o que ontem ficou por contar, porque, além do adiantado da hora (e por que será a noite inspiradora?) já não aguentava mais falar em comida e a minha rambóia, como diz a Maggy que afinal não foi a autora do comentário, começa com a parte alimentar. Aliás, para dizer a verdade, começa com eu estar atrasado, coisa que como vocês sabem não é nada habitual e até nem sei como foi acontecer. Pois estava eu concentrado no trabalho de Análise Quantitativa para o mestrado quando de repente vejo o relógio e reparo que estou atrasado para ir jantar com a minha colega de gabinete. E, como normalmente acontece quando eu descubro que estou atrasado, também não estava pronto. Lá me vesti a correr e ainda tive tempo (quer dizer, não tinha mas fiz como se tivesse) para fazer o meu penteado favorito, que isto uma pessoa não sai à noite todos os dias e já que se vai apresentar à noite da cidade, que o faça com algum nível, não é verdade? Se estão a pensar «mas o penteado favorito será aquele da crista no ar que ele já não tem idade para usar porque já não é nenhum adolescente do liceu?», a resposta é sim. E terão razão que não posso usar por muito mais tempo, não por conta da idade (até aos 30 acho que ainda posso fazer alguns disparates, portanto há que aproveitar) mas porque desta vez não cortei o cabelo tão curto e a coisa causa um impacto maior do que o esperado. Ao final da noite, a minha colega até me perguntava: «Ó Pedro, mas como é que o teu cabelo está exactamente como estava quando chegaste?» Isso agora... segredos de gajo... muitos anos a aprender... não posso revelar... «Olha, pus um bocado de gel!» É simples, não é? As maravilhas que um frasco de gel faz por um homem!
E assim fui a correr (muito ando eu a pé nesta terra) para a praça onde nos íamos encontrar e que eu achava que sabia onde era. Ela até tinha achado muito surpreendente eu saber onde era, porque eu nunca sei onde é nada aqui. E afinal até tinha toda a razão, porque eu achava que sabia mas achava mal. Acabei numa praça cheia de bares à procura da minha colega, que em princípio não seria difícil de encontrar porque só ali havia homens, mas que não estava ali, porque, ela sim, estava no sítio certo. O sítio certo chama-se Saint-Géry e é uma zona fantástica, repleta de bares e restaurantes e esplanadas, com resmas de gente na rua, muito bom ambiente. Fomos jantar a um restaurante acolhedor chamado Greenwich, que não tem nada a ver com Inglaterra porque serve especialidades belgas. Agora já percebem por que é que isto ia dar ao tema da comida, que era uma delícia. Aliás, a bem da verdade, devo dizer que os restaurantes são a salvação desta terra: são óptimos, têm um belíssimo ambiente, o serviço (que é mau em quase todos os outros serviços) é impecável, o pão não se paga e a comida é saborosa, bem confeccionada e farta. As especialidades belgas são do melhor, sobretudo as omnipresentes moules e as endívias recheadas (estas por acaso comi na cantina, que também é do melhor). Comemos e bebemos e falamos e rimos e ao fim de contas pagámos menos do que teríamos pago em Lisboa por uma refeição num restaurante equivalente. Podem acreditar, que já não é a primeira nem a segunda vez que janto fora e chego a esta conclusão. Por isso vos dizia ontem que algumas coisas são mais baratas cá do que na nossa terra. Surpreendente, não é? Devidamente alimentado o estômago, fomos alimentar a alma a um barzinho estupendo na mesma zona. Digo alimentar a alma, não por conta da bebida, mas porque, como vocês já sabem, dançar é daquelas coisas que me deixam a alma lavada. Sobretudo quando a música é uma mistura de estilos e até há daquelas bolas de cristal do antigamente, que eu sempre achei que dão um glamour fantástico às discotecas mas que caíram em desuso. Em resumo, a night cá do burgo fica, para já, aprovadíssima - só espero que surjam muitas outras oportunidades para validar esta primeira impressão!
Entretanto, o Verão que já parecia instalado fugiu outra vez para parte incerta (estará algures em Lisboa?) e ontem e hoje choveu torrencialmente e arrefeceu na mesma proporção. A ponto de os meus aquecimentos, que eu achava já terem cumprido o seu papel nesta época e aos quais já tinha dado licença de hibernar até ao Outono, terem de voltar ao activo.
E com esta me despeço, que a hora, como sempre, já vai adiantada e tenho de acabar o livro que estou a ler e, sinceramente... está-me a dar uma fome que sei lá! Para vos deixar um cheirinho da zona de que falei, aqui fica uma imagem de Saint-Géry de dia... de noite é muito melhor, claro!

3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo, folgo muito em saber que se anda a divertir "à grande e à belga-francesa". Quanto à sua crista,não me esqueço daquele "rolo" que você fez em Leiria...heheheh! Beijocas, Carol

Anónimo disse...

Já fui confundida com a Maggi, que suponho deve ser uma jovem, depois com a tua mãe, um pouco mais velha,mas a minha idade é um pouco mais agradável porque já dá direito a descanço. Continuas sem acertar que fez os comentários e sabes porque?
Porque pensas que isto da internet é só para jovens, mas embora com muito sacrificio as pessoas mais velhas também sabem quaquer coisa. Não interessa que descubras quem é, embora esteja identificada, continua a dar noticias agradáveis como as de sábado que eu fico muito feliz. Beijinhos, diverte, MG.

Anónimo disse...

Como fico feliz com o teu baptismo na nigth! Tens de aproveitar tudo o que a vida te proporciona e o que ela não te quer proporcionar, roubas. Dançar, ir a um concerto, ver um bom filme, uma boa peça de teatro, sair com amigos, tudo isto não lava só a alma, lava alma e corpo porque a "gente" fica mais leve, dá vontade de ir aos pulinhos para casa, a sorrir, com chuva ou sem ela. Lembras-te do filme "Shell we dance"? Ora aí está. Somos farinha do mesmo saco, filho.É tão bom divertirmo-nos! Beijos M