sábado, 18 de outubro de 2008

Era uma vez… em Paris

Mais precisamente no aeroporto Charles de Gaulle, essa monstruosidade aeroportuária onde fomos obrigados a correr feitos doidos depois de treze horas de voo. Mas isso passou-se no regresso da viagem e, portanto… agora não interessa nada!
O que interessa é que cheguei a Paris transportado pelo Thalys, uma verdadeira maravilha tecnológica que percorre os 336 quilómetros entre as duas cidades a uma velocidade média de 236 km/h e em apenas uma hora e doze minutos! Leram bem, uma hora e doze minutos. E diga-se a bem a verdade que são uma hora e doze minutos muito tranquilos, porque o comboio não efectua paragens pelo meio, é extremamente confortável, todo ele muito limpinho e apresentável, e custa apenas 25 euros. Já sei que agora estão todos a pensar que, daqui a uns anos, viajar entre Lisboa e o Porto também será assim graças ao TGV do tio Mário Lino… pois… enfim, vão sonhando, que a gente no dia de são nunca à tarde logo tira as dúvidas.
Eis-me então no aeroporto de Paris, à espera que a minha família chegue de Lisboa, juntamente com o restante grupo da excursão e na posse de toda – TODA – a documentação de que eu precisava para viajar: eu nem tinha bilhete nem passaporte. Sucedem-se telefonemas para cá e para lá, a minha Mãe do lado de lá do controlo de passaportes, eu do lado de cá, e assim estivemos uma série de tempo, como naquele filme em que as pessoas se estão a ver através de um vidro mas não há maneira de se aproximarem. Tudo porque uma alma iluminada declarou que ninguém do grupo podia sair da zona de embarque senão depois já não poderia voltar a entrar. Toda a gente tinha passaporte? Sim. E bilhete? Também! Então por que é que não haveriam de sair e entrar??? Ora aí está uma boa pergunta… o imbróglio resolveu-se por intermédio de uma caridosa assistente de bordo (anteriormente designada de «hospedeira»), que fez o grandessíssimo favor de me entregar os meus documentos.
E eis-me, assim, na companhia de minha família rumo a Pequim, instalado como o avião o permitia, o que não era lá grande coisa. Não sei o que passa pelas mentes brilhantes de quem concebe aviões quando o fazem, mas certamente não passa que um par de pernas – nem sequer muito grandes – terão de caber entre o nosso assento e o do vizinho da frente! Foi, portanto, com algum aperto que chegámos a Pequim, depois de nove horas a bordo e alguns apalpões no aeroporto, os primeiros de uma interminável série de apalpadelas que se seguiriam China afora. Ora em Pequim são mais oito horas do que em Bruxelas e mais nove do que em Lisboa. Está bom de ver que isto dá um jet-lag tremendo, por isso o melhor é a malta não se enfiar logo na cama mal chega, senão depois não há quem durma à noite. É justamente a pensar que a agência de viagens resolve cortar o mal pela raiz e nos despeja imediatamente no centro de Pequim. Hotel só à tarde, que para dormir ficávamos em casa. E assim lá fomos ordeiramente visitar o Templo do Céu.
Convido-vos a dar uma espreitadela aqui em baixo. A viagem segue dentro de momentos…

1 comentário:

Anónimo disse...

No metro de Lisboa existe uma publicidade que diz o seguinte;o preço dos bilhetes na TAP incluem espaço para as pernas. Quando viajares na TAP já sabes que as pernas têm lugar.Beijinhos